Lobo vira amigo da Chapeuzinho Vermelho
Por Gazeta de São João del-Rei em 29/09/2012
“Era uma vez uma menina que morava em uma casinha próxima a
uma floresta. Sua mãe e sua avó a estimavam muito e ela tinha um chapéu
vermelho que lhe rendeu o apelido de Chapeuzinho Vermelho”. Quem lê esse
trecho logo reconhece a história. Porém, não será o conto tradicional
lá da Europa, do escritor Charles Perrault, que estará em evidência em
São João del-Rei neste fim de semana; e sim uma adaptação diferente e
curiosa, com direito a lobo brasileiro e tudo mais.
Isso porque amanhã, 30, no Teatro Municipal será apresentada a peça
Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Guará, do escritor Angelo Machado, natural
de Belo Horizonte. O espetáculo é uma realização do Centro Cultural
Feminino (CCF) de São João del-Rei e acontecerá em duas sessões, às 14h e
às 15h30.
O Conto
A história beira o sentido da educação ecológica e ambiental, uma vez que o personagem do lobo é nada mais nada menos que o Guará, espécie brasileira em extinção. Outro detalhe que difere o conto de Machado do de Perrault é que o lobo da história brasileira é incapaz de cometer maldades. E mais: faz de tudo para não provocar nenhum mal à garotinha do chapéu vermelho.
A história beira o sentido da educação ecológica e ambiental, uma vez que o personagem do lobo é nada mais nada menos que o Guará, espécie brasileira em extinção. Outro detalhe que difere o conto de Machado do de Perrault é que o lobo da história brasileira é incapaz de cometer maldades. E mais: faz de tudo para não provocar nenhum mal à garotinha do chapéu vermelho.
Em Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Guará a menina, por coincidência, ou
não, foi visitar a avó doente com uma cestinha contendo bolo, mel e
jabuticabas. Ela, porém, cortou caminho pelo Cerrado, trajeto que
gostava de fazer para poder apreciar as engraçadas árvores pequenas e
típicas daquela região. No decorrer do enredo, a personagem encontra
vários amigos, dentre eles o mico-estrela, a coruja-buraqueira, as
siriemas e é claro, o Lobo Guará, que apesar de ser um animal de hábitos
noturnos sofria com um pequeno problema gerado por um trauma de
infância: tinha medo de escuro.
A estima do lobo pela Chapeuzinho Vermelho aconteceu quando ela,
diante da escassez do Cerrado, deu algumas frutas ao animal para que se
alimentasse. Até aí tudo bem. O problema é que havia por ali um espírito
mau, chamado Anhangá, que andava pela região disfarçado de veado, todo
branco e com olhos de fogo. E ele queria um companheiro para realizar as
maldades pela região, já que o lobo mau original, cansado da vida
dali, havia fugido de volta para a Europa. Sendo assim, Anhangá
inventou várias mentiras para convencer o Lobo Guará de que a menina não
era uma boa pessoa.
Trajetória
A primeira encenação da peça foi realizada em 1994, dirigida por Maria Amélia Dornelles, a Mamélia, para a Casa de Cultura, em Belo Horizonte. Na ocasião, fazendo o papel da Chapeuzinho Vermelho, aconteceu a estreia da atriz Débora Falabella no teatro. “É uma peça muito bonita e interessante, que permeia o universo da ecologia. Além disso, temos que levar em consideração que as crianças são agentes culturais. Elas não apenas recebem, mas também transmitem cultura”, destacou Mamélia, que atualmente é presidente de honra do CCF.
A primeira encenação da peça foi realizada em 1994, dirigida por Maria Amélia Dornelles, a Mamélia, para a Casa de Cultura, em Belo Horizonte. Na ocasião, fazendo o papel da Chapeuzinho Vermelho, aconteceu a estreia da atriz Débora Falabella no teatro. “É uma peça muito bonita e interessante, que permeia o universo da ecologia. Além disso, temos que levar em consideração que as crianças são agentes culturais. Elas não apenas recebem, mas também transmitem cultura”, destacou Mamélia, que atualmente é presidente de honra do CCF.
O escritor do livro que deu origem à peça lembrou que a
característica peculiar da adaptação se baseia em um estudo científico
que constatou que o Lobo Guará é um animal que se alimenta mais de
frutas do que de carne. “É interessante, pois há o mito de que o lobo é
mau e vai machucar a todos. O que não é o caso da nossa história”,
destacou.
Já a produtora da peça em São João, Marília Helena Silva, destacou a
ideia de repassar conceitos de ecologia para as crianças e não deixar de
prender a atenção dos pais. “Nosso público-alvo é o infantil, mas a
curiosidade alcança a todos que assistem. Durante a peça são repassadas
características da região do Cerrado, como os tipos de plantas, os
animais etc. A ideia do escritor de fazer a adaptação do conto original
através desses conceitos é muito interessante”, disse.
Entradas
Para Cláudia Alvarenga Dangelo, que trabalha na produção de eventos do CCF, a peça é uma oportunidade maneira de levar as crianças até o teatro. “Priorizamos três escolas onde as entradas estariam disponíveis para compra por RS10. Os ingressos que restarem serão vendidos no Teatro Municipal a R$12”, explicou.
http://www.gazetadesaojoaodelrei.com.br/site/2012/09/lobo-vira-amigo-da-chapeuzinho-vermelho/Para Cláudia Alvarenga Dangelo, que trabalha na produção de eventos do CCF, a peça é uma oportunidade maneira de levar as crianças até o teatro. “Priorizamos três escolas onde as entradas estariam disponíveis para compra por RS10. Os ingressos que restarem serão vendidos no Teatro Municipal a R$12”, explicou.
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